sexta-feira, 9 de julho de 2010

"Ninguém vai calar a nossa voz"

Do Blog do Celso Jardim


Os três comandantes da campanha de Serra torcem pela volta da censura






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Os três comandantes da campanha de Serra, os três presidentes de partidos da frente impopular constituída por DEM, Rodrigo Maia, PSDB, Sérgio Guerra, e PPS, Roberto Freire, parece que fazem de tudo para a volta da censura aos meios de comunicação, devem estar com saudades da censura prévia dos anos de chumbo, onde a liberdade de expressão era coibida.


A imprensa foi alvo da censura durante a ditadura instaurada pelo golpe civil-militar de 1964, que assumiu múltiplas formas: a lei da imprensa de 1967, a censura prévia, em 1970, a autocensura.


Tratando-se, por princípio, de violação à liberdade de expressão, direito essencial e elementar da democracia, atingiu a imprensa de maneira diferenciada uma vez que o termo refere-se a um conjunto muito amplo e variado de órgãos de informação.


Assim, se a censura serviu para cercear periódicos de grande circulação como Última Hora e Correio da Manhã e os da imprensa alternativa ou nanica, como Opinião, Movimento, Em Tempo, Pasquim, igualmente foi útil a muitos outros para calar aqueles que veiculavam posições contrárias ao regime e/ou à ordem capitalista.


A censura, assim, desempenhou papel fundamental na implantação e na consolidação da ditadura, silenciando uns e servindo a outros. Houve abençoados pela censura que construíram impérios de comunicações.


Lembrar os jornalistas que resistiram ao arbítrio não pode implicar no esquecimento daqueles – jornalistas e jornais – que estiveram a favor do arbítrio, louvando em suas páginas os grandes feitos dos militares, suas conquistas econômicas e a pacificação do país, celebrando a eliminação dos terroristas e dos maus brasileiros que ameaçavam a ordem e o progresso. Essas palavras eram recorrentes na maior parte da grande imprensa não exclusivamente devido à censura, mas, principalmente, porque seus editores – e leitores - assim viam a realidade.



Naquela época não existia internet e nem a comunicação virtual que existe hoje através dos sites e blogues que tem como principal linha editorial a política. Hoje outras situações são diferentes dos anos de chumbo, parte da imprensa era conivente com o regime militar, só para citar um exemplo a Folha de S.Paulo emprestava seus veículos para os torturadores e colocava a disposição sua frota de camionetes e peruas kombis. A Globo foi fundada em 1965, no auge do golpe militar e cresceu muito nesse período de triste lembrança da história do país


Hoje ela tem a conivência editorial para divulgar favoravelmente o grupo formado pela coligação da candidatura de Serra, que durante seu governo fez diversos contratos e convênios com verba pública para dar de graça assinaturas da revista Veja e entregar na casa dos professores que não escolheram esta revista para assinar ou ler e também o jornal Folha de S.Paulo.


Durante doze anos a Globo utilizou uma área pública ao lado do prédio da emissora em São Paulo, sem pagar nada e nem impostos pelo uso de terreno público sem que os governos de Alckmin e Serra, e também da gestão dos prefeitos Serra e Kassab que nunca importunaram a Globo pelo uso indevido da área.


Esse veículos escrevem o que querem e não são nem de longe questionados, basta ver que um dos maiores defensores de Serra, colocou em sua coluna uma charge em desrespeito as mulheres, que para eles todas devem ter desvio de comportamento como as mulheres de sua própria família. Me recuso a citar o nome do baba-ovo tucanóide.


Agora o alvo são os blogues e sites que apontam a toda hora os factóides e desmontam as mentiras que lançam a toda nas páginas e telas desses órgãos de imprensa que tem o rabo preso e compromisso financeiro com a coligação do candidato José Serra.


Nenhum jornalista pode questionar o candidato José Serra sobre os assuntos polêmicos criados por ele, como as privatizações no governo FHC em que ele era o ministro de planejamento, não se pode afirmar que foi outro autor dos projetos que Serra se irrita com os jornalistas e entrevistadores, como se sabe Serra diz que fez os genéricos e quem fez foi o Ministro da Saúde Jamil Haddad, Serra diz que fez o programa contra a AIDS e quem fez foi o Ministro da Saúde Adib Jatene, e agora desmentiram outro projeto que Serra se diz o criador, e a imprensa progressista apontou que o deputado Jorge Uequed, PMDB/RS, é o verdadeiro autor do Fundo de Assistência ao Trabalhador, o FAT.


Se alguém falar ou perguntar sobre o número de praças de pedágios e o valor mais caro praticado no país pelo governo de São Paulo, pronto o candidato Serra fica alterado e o corajoso que perguntou pode ser mandado embora pela direção do jornal ou da TV.


Recentemente o site "Conversa Afiada", de Paulo Henrique Amorim, teve uma postagem impedida de ser divulgada, o "Blog da Dilma" já foi questionado junto ao TSE, agora o "Blog dos Amigos do Presidente Lula", também está sendo ameaçado de ser retirado da internet.


Mas, uma coisa eles podem ter certeza, como não calaram a quase 50 anos a voz dos progressistas , não calarão os blogues e sites comprometidos com a liberdade de expressão e que apóiam o governo popular do presidente Lula, o mais popular da história do país, e o seu modo de governar que é destacado e reconhecido pela imprensa internacional. "Ninguém vai calar a nossa voz".

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