Em sua primeira viagem oficial ao RS, Dilma inaugura usina e participa de homenagem às vítimas do holocausto
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.Rachel Duarte
A presidenta Dilma Rousseff visita oficialmente o Rio Grande do Sul, pela primeira vez, depois de sua posse. Ela chega ao estado nesta quinta-feira (27) para cumprir dois compromissos — um em Porto Alegre e outro em Candiota na Metade Sul. Dilma fica no estado até domingo (30), quando segue para a Argentina, onde se encontrará com a presidente do país vizinho, Cristina Kirchner.
Na quinta-feira, às 19h, a presidenta participa, no Palácio do Ministério Público Estadual, da primeira cerimônia realizada no estado para marcar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Instituído há seis anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia lembra a data em que as tropas soviéticas libertaram os pisioneiros do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 1945. No Rio Grande do Sul, a cerimônia é promovida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) com o apoio da Federação Israelita do Rio Grande do Sul.
Na sexta-feira (28), Dilma inaugura a Fase C da Usina Candiota III, uma obra esperada pelos gaúchos há 23 anos. A usina da Eletrobras CGTEE é a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na região Sul, avaliada em R$ 1,3 bilhão.
O evento está previsto para as 10 horas. Os convidados estão sendo orientados a chegar ao local com pelo menos uma hora de antecedência em função do esquema de segurança que será montado para o deslocamento da presidenta. A solenidade será na Rua Miguel Arlindo Câmara, 3601, ao lado da usina nova.
Grande negócio
Candiota III tem capacidade instalada de 350 MW e está sincronizada com o Sistema Interligado Nacional, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), desde o dia 3 de janeiro deste ano. A usina utiliza dessulfurizadores, uma das mais modernas tecnologias para abatimento de material particulado que agride menos o meio ambiente. Dos 350 MW instalados, 292 MW foram comercializados em um leilão da Aneel em dezembro de 2005. A pedra fundamental foi lançada em setembro de 2006 quando Dilma era ministra de Minas e Energia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A usina tem capacidade de abastecer uma população de um milhão de pessoas com o perfil do consumidor gaúcho e é o primeiro grande negócio entre os governos do Brasil e da China. Durante a construção da usina, 4.600 operários chegaram a trabalhar na obra.
Para a operação e manutenção da usina, há 176 empregados diretos da Eletrobras CGTEE, todos contratados por concurso público. Toda a equipe já está operando. Adicionalmente, fixará outros 74 postos de trabalho terceirizados complementares (vigilância, limpeza, montagem e desmontagem de andaimes, isolamento térmico, etc), totalizando 250 empregos fixos.
A usina Candiota III é resultado da viagem do ex-presidente Lula a Pequim, em 2004. Logo depois, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, levou o projeto aos chineses.
A China detém expertise na produção de equipamento para termelétricas a carvão. Atualmente o país concentra o que existe de mais moderno em termos de tecnologia para produção de energia a partir do carvão.
Dilma, a negociadora
Dilma negociou todos os detalhes da parceria que permitiu resgatar uma usina que ficou no papel mais de 20 anos, devido a um desvio dos recursos do financiamento da obra, que comprometeu inclusive o pagamento de equipamentos encomendados a fabricantes franceses.
Eletrobras, CGTEE, Citic Group e o China Development Bank (CDB) iniciaram parceria e uma delegação com 55 funcionários da CGTEE foi enviada à China para treinamento. Os chineses financiaram a obra, cujos equipamentos foram construídos por fabricantes de lá e montados com a supervisão de seus técnicos. Sul21
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