domingo, 24 de julho de 2011

Saúde e gravidez

Do Portal Nassif

O cigarro na gravidez

Por André
Dado preocupante: 24% das fumantes seguem usando cigarro mesmo gestando uma vida. Alguns irão falar do poder viciante da nicotina, mas convenhamos que tal substância é inanimada e só causa problemas se o que a contém é acendido, uma vez que cigarros não se acendem nem se fumam sozinhos. Portanto, novamente é preciso chamar a atenção que tal vício só existe porque existem pessoas que usam de sua capacidade de decisão e de raciocínio de uma maneira diferente da que se esperaria.
E novamente, é preciso lembrar a quem está esperando filho do fato de eles serem os inocentes da história, mas que os atos que os pais tomam antes ou mesmo quando eles nascem refletem-se por toda a vida deles. Que reflexo esses pais quererão de seus atos para os filhos obviamente cai no subjetivo, mas há um bom senso mais ou menos universal de que não se deve punir crianças com os atos alheios e o que isso irá lhes gerar.
Muitos aqui talvez sejam filhos de mães que fumaram na gravidez e podem ter tido algum efeito qualquer, mesmo que coisas menores, como baixo peso ao nascer ou não ter atingido a altura adulta que seria esperada para seus casos. Porém, há casos mais graves e a matéria lembra, como pés tortos e outros problemas nos membros, deformidades orofaciais e problemas no sistema digestivo e na vista. Dependendo da idade, podem ser filhos de mães que o fizeram por ignorância pelo fato de na época não haver mesmo muitos dados. Porém, não me surpreenderia se outros forem filhos de mães fumantes que o fizeram já conscientes daquilo que ocorria, e aqui a coisa é muito pior.
Enfim, vamos sempre lembrar daqueles lances de sempre:
1) Não fumar na gravidez;
2) Coitadizar-se ou vitimizar-se é muito simples e, para a mente, gera a sensação de que aquele problema foi encerrado de alguma forma. Porém, você resolve de um jeito em que não se põe qualquer responsabilidade, sendo que tem muita nela, uma vez que cigarros não se acendem sozinhos, não se fumam por si próprios nem levitam até sua boca. E isso você sabe muito bem. Portanto, é preciso levar em conta esse pequeno detalhe e lembrar de quem é o gasto de energia necessário para que um cigarro se acenda, tenha seu conteúdo passado no sentido do filtro e vá do cinzeiro à boca;
3) Você sabe bem o que o cigarro irá lhe acarretar e sabe que não poderá alegar qualquer coisa em relação a suas consequências, mas seus filhos não são obrigados a sofrer por suas escolhas e não têm qualquer culpa por seus vícios;
4) Terá filho? Por que não tentar aprimorar-se desde antes de ele nascer para que ele tenha melhores progenitores?
E, claro, torcendo para que mais e mais crianças nasçam bem:
Até 24% das mulheres continuam fumando na gravidez, diz pesquisa
 Getty Images
De acordo a pesquisa, 12% a 24% das mulheres grávidas continuam a usar o tabaco
Foto: Getty Images
Gardênia Cavalcanti
Todo mundo já tem consciência de que não é saudável fumar durante a gravidez, mas uma pesquisa realizada nos Estados Unidos informou que 12% a 24% das mulheres grávidas continuam a usar o tabaco, de acordo com dados coletados naquele país.
De acordo com novas evidências descobertas por um pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Loma Linda, na Califórnia, a exposição do feto à nicotina pode estar associada ao aumento da pressão arterial das crianças e posteriormente aos adultos. O estudo mediu os efeitos da nicotina nos fetos de ratos, ao invés de seres humanos em desenvolvimento. Mas quando a associação é feita em seres humanos é preciso ficar atento a possíveis doenças de coração e aumento da pressão arterial de crianças.
Estudos anteriores em humanos mostraram que crianças nascidas de mães fumantes sofrem danos vasculares ou dos vasos sanguíneos. No entanto, ainda é impossível provar a correlação dada.
Professor assistente de pesquisa de ciências básicas em Loma Linda, Da Liao Xiao começou a testar a associação em ratos. Em um experimento, ele deu a 12 ratas grávidas uma dose diária de nicotina por via intravenosa. Em outras 13 diferentes ratas grávidas foi aplicado um placebo salino. Os filhotes foram monitorados por até cinco meses para verificar sinais de danos cardíacos ou outros problemas de circulação. Após cinco meses, os ratinhos nascidos dos ratos que receberam nicotina tinha dois sinais clássicos de risco cardíaco elevado: aumento do estresse oxidativo e hipertensão.
Uma outra pesquisa realizada no Reino Unido comparava outros males do fumo na gravidez. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Londres, analisou pesquisas feitas nos últimos 50 anos sobre o mal do cigarro durante o período de gestação e obteve evidências de que a nicotina e outros componenentes químicos do fumo podem causar fissuras orais, deformidades nos membros, pé torto e distúrbios gastrointestinais e óticos, mortes durante o parto ou nascimento prematuro.
Em todo o mundo, 250 milhões de mulheres fumam por dia, segundo estatísticas da 14ª Conferência Mundial em Tabaco ou Saúde, realizada em 2009 em Mumbai.

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