Ontem, no discurso de inauguração do teleférico do Morro do Alemão, no Rio – veja o vídeo no final do post – a presidenta Dilma disse que era preciso “fazer com que o Estado brasileiro assuma sua função de gastar recursos com aqueles que mais precisam, porque foram abandonados durante anos e anos”.
Hoje, um comunicado do IPEA traduziu em números como o Governo Lula fez isso.
Você pode ver que eles cresceram, no período Lula – após 2004, pois o Orçamento de 2003 foi feito ainda em 2002 – com o dobro da velocidade em que aumentaram durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Mas isso não quer dizer que tenhamos passado ao assistencialismo, não.
Porque o gasto, durante a maior parte do Governo Lula, apesar de consumir uma parcela maior do PIB que durante o Império Tucano, se manteve mais ou menos constante em relação ao PIB.
O que aconteceu foi que o crescimento da economia se refletiu no crescimento destes gastos. Isto e, o crescimento foi distribuído também a quem mais precisava.
Há um momento diferente, porém, bem marcado na série histórica descrita pelo IPEA, que você pode ver no segundo gáfico, aí ao lado.
É 2009, o ano em que enfrentamos a crise. Aí, em vez de apertar o cinto dos mais pobres, o nosso governo fez o contrário da cartilha neoliberal. Quando a economia despencou, não deixou despencar o gasto com quem precisava dele para sobreviver.
Quem tinha muito pouco não teve de perder o quase nada. O “dicumê”, como se diz no Norte.
É algo como aquela saudosa reviravolta que o Papa Paulo IV fez na igreja, no Concílio Vatino II : a opção preferencial pelos pobres.
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