segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Xenofobia, homofobia. Até onde vai a intolerância?

Do Conversa Afiada



Ontem em São Paulo: intolerância se aprende na escola

Saiu no Agora (único jornal de São Paulo que presta), pág. A-6.

Jovens espancam quatro em ataques na Avenida Paulista.

Navalha
Polícia apura homofobia em três ataques cometidos por cinco jovens de classe média.

Os “atacantes” moram com os pais em bairros de classe média e classe média alta e estudam em colégios particulares.

Eles deram socos e usaram lâmpadas fluorescentes.

Um dos “atacados” é homossexual.

Uma das vítimas disse na delegacia que enquanto batiam, os jovens gritavam “bicha, você é v… está com o namorado ?”.

Os “atacados” vinham ou iam para o trabalho.

O ataque foi às 3h da manhã de ontem.

NAVALHA

Segundo o Agora (único jornal que presta em São Paulo), este é o terceiro caso de intolerância em São Paulo de outubro para cá.

A intolerância vai por degraus.

A ordem dos degraus não altera a intensidade da intolerância.

Cabem nela os homossexuais, os pobres, os nordestinos, os que defendem o aborto, os judeus, os muçulmanos – os diferentes.

A melhor maneira de aprender a odiar o “diferente” é estudar em escolas em que só há “iguais”.

É assim que terminam políticas para desconstruir a escola pública em benefício da escola particular: em intolerância, a fase inicial do racismo.

A nova onda de intolerância começou no segundo turno desta eleição, quando o candidato José Serra e seus brucutus na internet trouxeram para a sala de jantar o vaso sanitário da patologia social brasileira.

Clique aqui para ler sobre como Serra criou a Direita Cristã no Brasil.

Serra montou no dragão da maldade.

Não ganhou a eleição.

Mas vai tentar ganhar de novo.

Só tem um problema.

O dragão da maldade é ingovernável.

Pode derrubar o cavaleiro (de novo).

Clique aqui para ler sobre a entrevista do professor Durval Albuquerque Jr. A respeito do preconceito contra o nordestino.

Paulo Henrique Amorim



Nenhum comentário:

Postar um comentário