terça-feira, 12 de outubro de 2010

Serra destila ódio e preconceito. Cadê a imprensa?

Do Tijolaço
Serra é o responsável pela baixaria

Em qualquer país onde houvesse uma imprensa digna deste nome, o Sr. José Serra estaria, neste momento, sendo publicamente execrado nos jornais, pelo estímulo que empresta, por ação e omissão, a uma campanha de ódios e preconceitos que, de uma maneira inacreditável, está reeditando, 50 anos depois, o clima de estupidez que levou ao golpe de 64.
Porque é ele quem está provocando esta onda de torpeza não apenas aceitá-la como estimulá-la.
E pior, o faz de forma covarde, usando pessoas irresponsáveis e dispostas a se expor, para depois seguir pela seara imunda que abriram.
Foi assim com Indio da Costa, que se prestou ao papel de acusar a campanha de Dilma de ligações com o narcotráfico e as ações armadas das FARC. Ele o secundou e está denunciado por isso pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul.
Depois, usou ou permitiu o uso de declarações de sua própria esposa de que Dilma “quer matar as criancinhas”.
Terrível que se beneficie disso um homem que, quando Ministro da Saúde, tenha escrito,  no jornal O Globode 15/8 de 1998, um artigo  sobre os problemas de gravidez precoce e dos riscos de “milhares de abortos que certamente são praticados para interromper a gravidez indesejada, a maioria das vezes nas mais precárias condições técnicas e de higiene” um texto com o qual, hoje, deveria ser confrontado:
“É obrigação do Ministério de Saúde combater essa absurda realidade, identificando suas diversas causas e propondo à sociedade brasileira sua correção. Se tocar essa ferida, num primeiro instante, causa incompreensões e até manifestações de hostilidade, que se pode fazer? Entre cumprir a obrigação e angariar simpatias, prefiro, sempre vou preferir, a primeira alternativa.”
Não, o Sr. José Serra preferiu mais do que a segunda alternativa. Não apenas faz o que pode para angariar simpatias com o tema, como se presta a promover incompreensões e hostilidade contra sua adversária, justamente uma mulher, mãe e avó.
Infelizmente, nossa imprensa acha tudo isso tolerável. Não houve um artigo de fundo, um editorial, muito menos uma manchete para denunciar uma campanha suja. Pior, além da suja vantagem eleitoral que tira em favor de um candidato, colocam um tema delicado e controverso na base de uma disputa simplória e fanática, com a qual ninguém se esclarecerá.
Ao contrário, exploram diariamente os temas e chegam ao ponto de reproduzir histórias sabidamente mentirosas e que chegam ao nível do desrespeito a qualquer critério ético.
A ínclita vice-procuradora eleitoral, que quis tirar do ar os blogs que criticavam José Serra, todos com autoria devidamente identificada, não moveu uma palha contra dezenas de outros, anônimos, que produzem material sujo para ser distribuído pelas imensas correntes de spam que visam beneficiar o serrismo.
Devemos dizer com todas as letras que isso é uma indignidade e, de imediato, levar o debate para aquele terreno que procuram encobrir com esta cortina de fumaça desumana. Serra usa a perversidade, a religiosidade, o sentimento humano que todos temos de amor à vida e às crianças porque não pode dizer a que vem.
Esta é a verdade que tem de ser proclamada: Serra vem para entregar nossas riquezas, para empacar nosso desenvolvimento, para submeter nosso país a uma volta ao passado que repugna ao povo brasileiro.
E usa a fé como os vendilhões usavam o templo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário